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a morte que toda fotografia contém   o momento passado gritando     a poesia que ela não alcança    solidão de palavras que interrompo antes que sejam capazes de produzir sentido       me apavora e me silencia      inerte      a beleza parece inútil agora       gosto de passear na superfície    tomar um fôlego       e então, mergulhar novamente onde a luz difusa, o silêncio e a ausência de gravidade permitem que eu me mova            sou dragada pelo universo das pessoas que amo              não percebo as mudanças             ofuscada

há tempo demais na superfície    ...      vivemos  para  esquecer

 

[ eng. ]

 

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the death that every picture contains             the past moment yelling           the poetry that it doesn’t reach            solitude of words that i interrupt before they are able to produce meaning     it frightens and silences me      inert       beauty seems useless now      i like to wander on the surface      to take a breath      and then dive again where the diffuse light, the silence and the absence of gravity allow me to move          i am dredged by the universe of those i love          i don’t see the changes       dazzled          for too long on the surface

...      we  live  to  forget

 

 

 

 

 

 

[ 2013 ]

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